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VIOLÊNCIA: Ameaça a segurança do jornalista e mídia, assombra a atividade no Brasil


O Brasil ocupa o 102º lugar, classificado como o “mais inseguro do que nunca”. O relatório é da organização Repórteres Sem Fronteiras e destaca: ataques físicos contra repórteres em manifestações de rua, assassinatos, impunidade generalizada e ameaças à confidencialidade de fontes. A liberdade de imprensa aponta que apenas 17 nações, entre 180 examinadas, em que a garantia ao exercício da profissão é plena, ou quase. “Um número bem abaixo do razoável, o que acende o sinal vermelho”, comenta o presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa - ANI, jornalista Roberto Monteiro Pinho. As agressões verbais e ameaças a jornalistas na França, por exemplo, chegaram ao seu ápice na polarizada campanha eleitoral de 2017, e a levaram ao 33º lugar no índice. Coletes amarelos Em países quando líderes populistas e autoritários chegaram ao governo ou ampliaram sua margem de poder, como Áustria, Itália, Hungria, Polônia, Filipinas e Turquia, as coisas vêm se agravando muito e rapidamente. Neste momento, o coletivo “coletes amarelos”, são brutalmente agredidos nas ruas da França. Para o vice-presidente da ANI e presidente da Comissão de Enfrentamento a violência contra Jornalistas e Repórteres – CEV/RJ-ANI, Wanderley Rebelo Filho é uma grave ameaça a liberdade de expressão e dos direitos humanos. “Não é possível conviver sob coação da autoridade e ainda omissão quando se trata de apurar a responsabilidade dos ataques a jornalistas”, concluiu. China lidera a censura da atividade A China está se especializando em exportar tecnologia de vigilância para controlar atividades de cidadãos que se opõem ao governo e principalmente jornalistas. Tal expertise chinesa já está sendo usada por Tailândia, Vietnã, Sri Lanka, Irã, Zâmbia, Zimbábue. Os Estados Unidos, que caíram dois pontos na tabela (estão agora em 45° lugar), são um caso à parte, porque até 2016, apesar de seus próprios problemas com a liberdade de expressão nunca terem sido pequenos, seu governo costumava denunciar situações mais graves no mundo. Brasil quase no topo da violência mundial O Brasil tem o nono maior índice de homicídios do mundo. Dados são de 2017 e publicado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), revelam ainda que as taxas brasileiras são cinco vezes a média mundial de homicídios. A informação faz parte do relatório anual da OMS sobre as estatísticas da saúde global, publicado às vésperas do início da Assembleia Mundial da Saúde em 2018. A liderança é de Honduras, com 55,5 homicídios a cada 100 mil pessoas. Com a crise econômica e política, a violência também explodiu na Venezuela. Hoje, o país aparece em segundo lugar, com 49,2 homicídios para cada cem mil venezuelanos. A classificação ainda traz El Salvador (46 para cada cem mil), Colômbia (42), Trinidad e Tobago (41), Jamaica (39,1). Lesoto (35) e África do Sul (33,1). Número de homicídios No mundo, a média da taxa é de 6,4 homicídios para cada 100 mil pessoas, um quinto dos números brasileiros. Na África, a média é de 10 mortes a cada 100 mil, contra apenas 3,3 na Europa. O continente mais afetado pela violência é a América, com 17,9. Para o ano de 2016, a OMS estima que 477 mil homicídios foram cometidos no mundo. 80% das vítimas foram homens. Apenas nas Américas, o total chegou a 156 mil mortes. Entre 2012 e 2016, as guerras geraram a morte de 2,5 pessoas por cada cem mil habitantes no mundo. A taxa é duas vezes superior ao que se registrou no mundo entre 2007 e 2011. ANIBRPress

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