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OS CORONÉIS DA MÍDIA NO BRASIL. A POLÍTICA E A ERA ELETRÔNICA


(...) “O Brasil mantém a comunicação de massa como privilégio de oligarquias, plantada no regime militar no seio de uma cultura colonial, onde as famílias tradicionais é quem davam as cartas”. – destacou o presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa – ANI.

De acordo com a pesquisa Monitoramento da Propriedade da Mídia (Media Ownership Monitor ou MOM), financiada pelo governo da Alemanha e realizada em conjunto pela ONG brasileira Intervozes e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), baseada na França, cinco famílias controlam metade dos 50 veículos de comunicação com maior audiência no Brasil.

Se somados o grupo Estado, do jornal O Estado de S.Paulo; o grupo Abril, da revista Veja; e o grupo Editorial Sempre Editora, do jornal O Tempo, são oito famílias controlando 32 dos 50 maiores veículos, ou 64% da lista.

Na sequência, aparecem a família Saad, dona do grupo Bandeirantes, e a família de Edir Macedo, da Record, com cinco veículos cada um, seguidas pela família Sirotsky, da RBS, com quatro veículos na lista, e a família Frias, com três veículos.

O fato é que “o Brasil mantém a comunicação de massa como privilégio de oligarquias, plantada no regime militar no seio de uma cultura colonial, onde as famílias tradicionais é quem dão as cartas”. – destacou o presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa – ANI.

Segundo as ONGs, essas situações persistem porque o Brasil tem um marco legal ineficiente para combater a monopolização e promover a pluralidade. Além disso, dizem, nem mesmo as poucas provisões legais existentes são aplicadas de fato, pois a propriedade da mídia não é monitorada constantemente pelas autoridades competentes, que limitam a receber e registrar as informações enviadas pelas próprias empresas.

A publicidade da Globo

Em 30 de junho de 2015, o jornalista Fernando Rodrigues assinou matéria no Portal UOL com o seguinte título: ‘TV Globo recebeu R$ 6,2 bilhões de publicidade federal com o PT no Planalto’.