( 5 anos da ANI ) Redes Sociais e influenciadores digitais no comando do planeta
Editoria: ANIBRPress
O cenário de comunicação no planeta tem um novo mapa geográfico, envolvendo mais de 200 países, reunindo 3,8 bilhões de smartphones, número que corresponde 50% da população mundial até o mês de julho de 2020 de 7,8 bilhões de pessoas.
De acordo com os números divulgados pelo IBGE as estimativas das populações residentes nos 5.570 municípios brasileiros, com data de referência em 1º de julho de 2020, chegou a 211,8 milhões de habitantes. Em todo o planeta, são 5,1 bilhões de pessoas usando algum tipo de aparelho de telefone celular, segundo dados do relatório Economia Móvel 2019, da GSMA.
Celular na mão, notebooks e tablets – o grupo domina o cenário digital. Segundo pesquisa realizada no início de agosto de 2020 pelo Instituto
Qualibest, em parceria com a Spark, apontou que cerca de 76% dos usuários de internet no Brasil já consumiram produtos ou serviços após a indicação de influenciadores digitais. O número, inclusive, salta para 82% entre aqueles que prestam atenção em postagens pagas.
O estudo foi feito com 1,1 mil pessoas com 15 anos ou mais, de todos os gêneros, estratos sociais e regiões do País. O levantamento considerou usuários que acessam no mínimo duas mídias sociais e que seguem digital influencers.
O mercado de consumo
A lupa da publicidade está a cada minuto garimpando milhões de referenciados Portais, site e blogs, e ainda na mira do instagran, facebook twitter e outros aplicativos de massa, onde anúncios são visualizados em segundos, é suficiente para captar o universo de consumo, estimado
“A partir de Janeiro de 2020 o planeta se reinventou no impacto da epidemia do coronavírus. Dispararam as vendas online, delivery e a comunicação eletrônica substituíram o contado físico, nem sempre gentil, do comércio varejista, gastronômico e serviços, nesse ponto, o Brasil ocupa irrelevante pontuação no ranking de hospitalidade mundial, dai que o distanciamento serviu para arrefecer o dia-a-dia dos consumidores”, salienta o jornalista Roberto Monteiro Pinho, presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa – ANI”. A presença do aparelho celular e máquinas digitais foram incorporadas no cotidiano, mais por necessidade que propriamente o lazer, - destaca.
Ameaça a liberdade de imprensa
Por outro lado, existe uma inquietante quadro de violência envolvendo a mídia eletrônica é o que explica a edição 2020 do Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa, compilado pela Repórteres sem Fronteiras (RSF), onde demonstra que a próxima década será decisiva para o futuro do jornalismo. A pandemia de Covid-19 destaca e amplia as múltiplas crises que ameaçam o direito a informações livres, independentes, plurais e confiáveis.
O Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa, que avalia anualmente as condições para o livre exercício do jornalismo em 180 países, mostra que os próximos dez anos se apresentam como "uma década decisiva" para a liberdade de imprensa, devido a crises que afetam o futuro do jornalismo: crise geopolítica (agressividade dos modelos autoritários), tecnológica (falta de garantias democráticas), democrática (polarização, políticas repressivas), de confiança (suspeita, e ódio direcionado aos meios de comunicação) e econômica (precarização do jornalismo de qualidade).
Para o secretário geral da RSF, Christophe Deloire, “A epidemia de coronavírus explicita os fatores negativos para o direito a informações confiáveis, sendo ela própria um fator multiplicador. O que acontecerá com a liberdade, o pluralismo e a confiabilidade das informações até o ano 2030? A resposta a essa pergunta está sendo construída hoje.”
A segmentação de informações falsas
Existe uma correlação óbvia entre a repressão à liberdade de imprensa durante a epidemia de coronavírus e a posição dos países no Ranking Mundial. A China (177a) e o Irã (173a, 3), focos da epidemia, instauraram sistemas de censura massivos. No Iraque (162a, - 6), a agência de notícias Reuters teve sua licença suspensa por três meses, algumas horas após a publicação de uma notícia que questionava os números oficiais dos casos de coronavírus.
Até mesmo na Europa, na Hungria (89a, - 2), o primeiro ministro Viktor Orbán aprovou uma lei chamada “coronavírus” que prevê penas de até cinco anos de prisão para quem disseminar informações falsas, um meio de coerção completamente desproporcional.
"A crise sanitária é uma oportunidade para governos autoritários implementarem a famosa ‘doutrina do choque’: tirar proveito da neutralização da vida política, do espanto do público e do enfraquecimento da mobilização para impor medidas impossíveis de adotar em tempos normais, denuncia Christophe Deloire. Para que essa década decisiva não seja desastrosa, as pessoas devem se mobilizar para que os jornalistas possam exercer sua função como agentes de confiança da sociedade, o que pressupõe a garantia dos meios para fazê-lo."
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